“Deixei o partido resolver”, afirma José Augusto Curvo, mais conhecido como Dr. Tampinha, sobre a questão de assumir ou não a vaga do deputado Adilson Sachetti no caso de uma possível vacância. Segundo ele, a liderança da coalização, que conta com nomes como Carlos Fávaro, vice-governador de Mato Grosso, e Gilberto Kassab, Ministro de Ciência, Tecnologia e Comunicação, é quem irá decidir. Esse assunto tem gerado polêmica desde que o Governador Pedro Taques comentou em um evento em Sorriso que quem assumiria o cargo seria o segundo suplente Xuxu Dal Molin, e ainda acrescentou que ninguém “passaria a perna nele”.
Esse foi um recado velado a José Augusto Curvo, que em 2016 assumiu duas vezes como deputado federal. “Assumir no caso de vacância é meu direito constitucional, já que eu sou o primeiro suplente do partido. Não foi combinado nenhum tipo de rodízio na bancada, por isso sempre que houver vacância sou o primeiro convocado. Não existe ‘golpe político’ ou de ‘passar a perna’ no Xuxu. Essa foi uma declaração irresponsável e pode ser que Adilson Sachetti nem se afaste, estão fazendo tempestade em copo d’água”, explica.
José Augusto Curvo ainda salienta que não foi instituído um rodízio entre a bancada e que normalmente quando há rodízios o Governador sempre participa das decisões, mas Taques pouco faz nesse sentido porque ele nunca se interessou na questão. “Sem isso os outros suplentes dificilmente assumem e esse é o caso de Mato Grosso hoje. Nas duas vezes que assumi foi porque os deputados saíram por problemas pessoais, não por causa de rodízios. A rotação de suplentes nunca foi combinada, então sempre que há uma vaga, por direito é minha. Quem fez compromisso com Xuxu Dal Molin para retirar sua candidatura a prefeito de Sorriso e deixar somente o prefeito eleito pelo PSDB é quem deveria se afastar também para que ele possa assumir”, finaliza.