Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tornou-se, o centro de um grande escândalo. Alessandro Stefanutto, o presidente da instituição, foi removido de sua posição por uma ordem judicial, no âmbito de uma operação que envolveu a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU).
Essa ação investiga um esquema de fraudes recorrentes que diz respeito a descontos indevidos aplicados em benefícios de aposentados e pensionistas.
As autoridades estimam que os danos superem os R$ 6,3 milhões entre os anos de 2019 e 2024.
As investigações mostram que grupos que alegadamente representam os beneficiários impuseram descontos irregulares sobre os valores que o INSS pagava, sem autorização dos segurados.
Além de Stefanutto, mais cinco funcionários do INSS também foram afastados. A ação judicial inclui a emissão de mandados de busca e apreensão, bem como o bloqueio de bens totalizando mais de R$ 1 bilhão.
Seis mandados de prisão temporária foram emitidos, e a operação ocorreu simultaneamente no Distrito Federal e em 13 estados, como São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco.
A operação contou com a participação de aproximadamente 700 agentes da PF e 80 servidores da CGU, marcando uma das maiores ações contra fraudes no sistema previdenciário do Brasil.
A investigação revela um padrão de atuação que utilizava informações dos beneficiários para cobranças indevidas, levando ao enriquecimento ilícito de associações e indivíduos envolvidos.
Esse caso reacende a discussão sobre a fragilidade dos mecanismos de controle na previdência, aumentando a demanda por maior vigilância e proteção para aposentados e pensionistas, que frequentemente se tornam alvos fáceis para práticas abusivas.