Economia

Queda na taxa de juros impacta em retomada da construção civil
Com a queda da taxa Selic em 0,75 ponto percentual para 3% ao ano e mudanças no sistema de financiamento brasileiro, a expectativa do segmento de construção civil é de retomada do crescimento. Segundo os economistas, a diminuição da taxa Selic pelo Banco Central deve aquecer o mercado imobiliário, afinal a partir da Selic que se baseiam as taxas da habitação, crédito consignado, de financiamentos de casas e carros.
A diminuição é uma estratégia do governo para aquecer o setor de construção e habitação, o que deixa o cenário favorável para quem pretende comprar um imóvel e construir. “É uma excelente oportunidade por conta da redução dos juros, é um custo de financiamento menor”, garante o correspondente bancário Anderson Diedrich.
Neste movimento, Caixa Econômica Federal já disponibilizou R$ 43 bilhões para área da habitação, e recentemente os bancos Itaú, Bradesco e Banco do Brasil anunciaram a redução da taxa de juro de determinadas linhas de crédito para clientes pessoa física e jurídica, acompanhando o Comitê de Política Monetária (Copom). Tais iniciativas certamente vão impactar em benefícios para construtoras, empreendimentos e para quem busca ter uma casa própria.
Apostando nessa retomada, empresas e profissionais do setor de habitação em Mato Grosso se unem para otimizar serviços e esclarecer ao consumidor sobre as vantagens de investir em imóveis. “Idealizamos o Construa Já, uma iniciativa que impacta na economia, gera empregos e une os diversos profissionais da cadeia construtiva, oportunizando para quem deseja construir sua casa, a melhor solução com a menor taxa de juros já oferecida pelo setor imobiliário”, explica Julio Cesar Braz, da Ginco Urbanismo, que atua no mercado de condomínios horizontais na grande Cuiabá.
Construa Já é uma ação que aproxima clientes interessados em adquirir terreno em condomínios horizontais Ginco e construir aos profissionais de toda a cadeia produtiva da construção civil. A Ginco Urbanismo desenvolveu um setor específico para acompanhar esse relacionamento entre os envolvidos.
Para o correspondente bancário Anderson Diedrich, é uma excelente opção para o consumidor que quer otimizar seus investimentos. “Comprar terreno, pagar parcela do lote, o IPTU, Condomínio mensal sem ter um bem para usufruir muitas vezes preocupa o consumidor. Se o cliente tem aptidão de compra, ele já paga uma única parcela incluindo a quitação do terreno e a construção, oportunizada pelo financiamento bancário, que hoje está com taxa reduzida”.  A concessão de financiamentos para a compra e a construção de moradias no País em janeiro de 2020 atingiu R$ 7,27 bilhões, o que representa crescimento de 42,7% em relação a janeiro de 2019.
De acordo com o presidente da Associação de Comerciantes de Materiais de Construção de Mato Grosso (Acomac/MT) e diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção, Louças, Tintas, Vidraçaria, Ferragens, Elétricas e Hidráulicas do Estado de Mato Grosso (Sindcomac-MT), Paulo Leite, neste momento de retomada é de extrema importância a união de toda cadeia produtiva da construção civil. “O consumidor com capital precisa rentabilizar esse dinheiro e a construção civil é o melhor caminho: construir, reformar, vender. É sem dúvida uma excelente oportunidade para construção civil em virtude da redução de juros”,
Opinião compartilhada pelo administrador Alessandro Sartori, da Sartori Construtora. Para ele, a construção civil é um importante indicativo de desenvolvimento de uma área urbana. E muitas vezes, a possibilidade de se contratar profissionais com referência para planejar e executar a obra diminui imprevistos e dores de cabeça. “Com uma equipe alinhada, temos maior controle sobre todo o processo de construção e gerenciamento de projeto, qualidade, prazo e controle de custo”, comenta.
Construir – Para os especialistas, construir pode ficar até 40% mais barato do que comprar a casa pronta. O arquiteto Bem Hur Hage comenta que construir é mais vantajoso, orientando que o primeiro ponto a ser analisado é a localização do terreno, a segurança e proximidade com a região em que se encontram os locais com os quais se convive. Em seguida, o projeto criterioso levanta os custos e as especificidades da família. Com o passar dos anos, a metragem das casas foi reduzindo de tamanho e os ambientes ficaram mais integrados. “O conceito de integração faz que a casa tenha contato com o meio externo, valorizando a união da família, como um espaço do gourmet, por exemplo”, explica ele.
Bem Hur explica que o valor final da obra gira em torno de R$2 mil a R$ 2.5 mil por m², muito abaixo dos R$ 5 mil por m² de uma casa pronta ou apartamento. O arquiteto pontua que o material de construção tem o mesmo valor, seja essa casa construída em qualquer lugar da cidade. “A diferença está na valorização do imóvel depois disso. As pessoas procuram segurança oferecida pelo condomínio e as regiões já são valorizadas, como a do Florais, afinal existe toda uma preocupação com a urbanização onde o condomínio está inserido”, finaliza.
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