DIA MUNDIAL Mato-grossenses agora podem recorrer à neuromodulação sacral para controle da incontinência urinária

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Dia 14 de março é celebrado o Dia Mundial da Incontinência Urinária e a campanha “Urinar assim é normal?” chama atenção da sociedade para o problema

A neuromodulação sacral, que é um moderno e o mais abrangente método para o controle de distúrbios do assoalho pélvico, como as incontinências urinária e fecal, já pode ser realizada em Mato Grosso. O urologista Newton Tafuri, que atende na Clínica Vida Diagnóstico e Saúde, em Várzea Grande, e na Clínica Femina, em Cuiabá, concluiu o curso em dezembro passado, em Porto Alegre (RS), e está em fase de seleção de pacientes.

Introduzido há cerca de 10 anos no Brasil, a neuromodulação sacral, de acordo com Dr. Newton Tafuri, é um tratamento que funciona muito bem para os pacientes que apresentam incontinência urinária, urge incontinência causados por bexiga hiperativa, que não respondem aos medicamentos preconizados, bem como àqueles que não toleram os medicamentos devido aos efeitos colaterais.

A neuromodulação sacral funciona como uma espécie de marca-passo. Segundo Dr. Newton Tafuri, o aparelho é implantado na região glútea, sob a pele, e ele vai dando os impulsos, restaurando a comunicação entre a bexiga e o sistema nervoso central e e vice-versa reativando o seu controle”.

“O método estimula eletricamente os nervos sacrais que transportam sinais entre a bexiga e o cérebro”, frisa dr. Newton Tafuri, observando que o aparelho é implantado durante procedimento ambulatorial minimamente invasivo.

O sistema é programável externamente, permitindo que a terapia seja iniciada, interrompida, e ajustada para atender as necessidades específicas do tratamento. A seleção dos pacientes para o implante do dispositivo deve ser feita de forma criteriosa em busca de melhores resultados.

O tratamento possui duas fases: a primeira é uma fase de teste que dura entre 7 e 14 dias. Nesta fase um gerador de pulso externo é conectado ao eletrodo e a resposta de cada paciente é avaliada detalhadamente.

Nos pacientes em que se obtém melhora nos sintomas em percentual maior que 50% há indicação para prosseguir à segunda fase. Nesta segunda etapa implanta-se no tecido subcutâneo, de uma das nádegas, um gerador de pulso interno.

“Aqui em Cuiabá, estamos na fase de seleção dos primeiros pacientes que serão submetidos a este moderno tratamento que agora está disponível em nosso estado”, conta o especialista.

O procedimento é regulamentado e autorizado pela ANVISA e tem cobertura por planos de saúde.

Incontinência

A incontinência urinária, define Dr. Newton Tafuri, é a perda involuntária da urina pela uretra, distúrbio mais frequente no sexo feminino, mas que também acomete alguns homens.

“O tipo de incontinência mais comum é a de esforço, que ocorre, por exemplo, quando a pessoa está na academia, quando tosse ou espirra.  Ela é mais comum em mulheres que tiveram filhos, principalmente partos normais, porque devido a alterações na anatomia pélvica, gera uma flacidez e a bexiga fica realmente um pouco mais baixa”, detalha o médico.

No grau leve a incontinência pode ser tratada pela fisioterapia com acompanhamento médico. “Em um percentual de casos ela melhora. Outros pacientes vão precisar de cirurgia, que hoje consiste na colocação de tela de sustentação por baixo da bexiga, conhecida como sling”.

Bexiga hiperativa

Outro tipo é a incontinência é causada por hiperatividade da bexiga. Dr. Newton Tafuri observa que neste caso ela tem um excesso de contrações vesicais sem controle cerebral. A musculatura contrai involuntariamente mesmo sem a bexiga estar cheia. “O paciente precisa andar sempre com proteção e muitos até com fralda dependendo do escape”.

Há medicamentos para este tipo de incontinência, porém muitos pacientes não se adaptam ao medicamento ou ele não resolve mesmo, e são estes casos que podem ser tratados com o método de neuromodulação sacral, procedimento muito mais moderno que os tradicionais, indicado também para pessoas que além da incontinência urinária tem a incontinência fecal.

Campanha

No Brasil, 45% das mulheres e 15% dos homens, acima de 40 anos, apresentam incontinência urinária. A perda involuntária de urina gera ansiedade, depressão, redução na produtividade no trabalho e afastamento do convívio social e da intimidade com o parceiro.

Neste dia 14 de março é celebrado o Dia Mundial da Incontinência Urinária. Para conscientizar a população sobre a incontinência urinária a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), realiza durante o mês de março a campanha “Urinar assim é normal?”. Saiba mais acessando www.urinarassim.com.br e www.portaldaurologia.org.br.

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