Neste 15 de novembro, Dia da Proclamação da República, a importância de revisitar o passado ganha novo significado, não apenas como celebração cívica, mas como convite a compreender as raízes que moldaram o país e suas identidades. Misturando aventura, história e temas atemporais como pertencimento e identidade, o novo livro da escritora Stéfanie Sande, “A Fundação”, é um romance infantojuvenil que transporta o leitor para os prim eiros anos de Cuiabá, combinando fatos históricos e elementos ficcionais.
O livro nasceu como o trabalho criativo do Doutorado em Escrita Criativa pela PUCRS, concluído em 2023. Agora, em sua primeira edição publicada em formato digital, “A Fundação” ressurge como uma viagem literária que conecta passado e presente. “Na verdade, esse foi o segundo romance que eu escrevi, já há quase 10 anos, mas só agora ele saiu da gaveta”, disse a autora.
A história acompanha Aurora, uma garota de 13 anos que vê sua vida virar do avesso ao despertar misteriosamente em Cuiabá de 1719. Perdida em um período marcado por disputas pelo ouro e pela resistência dos povos indígenas Coxiponés e Cuyabás, ela é acolhida por Moema, uma jovem indígena que a introduz aos costumes, às tensões e aos perigos daquele tempo. Em meio à busca por um caminho de volta para casa, Aurora cruza também o destino de Tereza de Benguela, ainda adolescente, e acompanha os primeiros passos da líder quilombola e de seu esposo José Piolho na luta contra a opressão colonial. Entre fugas, emboscadas e alianças i nesperadas, Aurora descobre que sua presença no passado não é um acidente.
As primeiras resenhas de “A Fundação já começam a aparecer nas plataformas de leitura, e no Skoob a leitora Belit Rocha Lessa resumiu a experiência dizendo: “Achei bem gostosinho para ler em uma tarde. Ele traz uma visão menos romântica e mais realista de como foi o processo de colonização tardia de Mato Grosso, mas de uma forma mais lúdica também. É uma leitura bem interessante para os pré-adolescentes que estão começando a estudar sobre a história da cidade.” Outra resenha de destaque vem do escritor e professor Luiz Antonio de Assis Brasil, fundador de uma das oficinas de Escrita Criativa mais longevas do Brasil. Em avaliação publicada na Amazon, ele escreveu: “Trata-se de uma excelente história, escrita com força e graça, em que uma adolescente vive uma história que a liga à fundação de Cuiabá. Aprendi muito e, mais do que isso, desfrutei de excelentes momentos de prazer intelectual.”
A obra pode ser adquirida clicando aqui.
Edição comemorativa de 10 Anos
Ainda em 2025, Stéfanie Sande celebrou um marco afetivo e literário: a reedição de “Borboletas infinitas de coração imperfeito”, seu primeiro livro, agora em uma edição comemorativa de dez anos. Publicada originalmente em 2014, quando a autora tinha apenas 22 anos, a obra retorna ao público renovada, reunindo cinquenta poemas escritos entre a adolescência e o início da juventude.
A edição comemorativa foi realizada pela Carlini & Caniato Editorial. A capa ganhou nova vida pelas mãos da ilustradora cuiabana Juliana Fernandez, que criou uma imagem sensível e simbólica para acompanhar os poemas dessa fase inicial da carreira. “É um marco muito importante esses dez anos. Essa obra foi o meu primeiro passo na literatura, e agora eu sinto que essa segunda edição não só honra esse primeiro passo, como abre as portas para uma nova fase”, disse a autora.
O Projeto de Reedição do Livro “Borboletas Infinitas de Coração Imperfeito” foi contemplado com o Edital n.º 11/2023/SECEL – Prêmio Literatura Mato Grosso – Edição Lei Paulo Gustavo.
Sobre a autora
Stéfanie Sande nasceu em Cuiabá e é formada em Jornalismo pela UFMT. Autora desde 2014, quando publicou seu primeiro livro de poemas pela Carlini & Caniato Editorial, construiu uma trajetória literária marcada por diferentes gêneros e premiações.
Mestre e doutora em Escrita Criativa pela PUCRS, onde também foi monitora da oficina do professor Luiz Antonio de Assis Brasil, publicou romances como “O Último Verso”, vencedor do Prêmio Mato Grosso de Literatura, e “Virgínia”, selecionado no Literamato II e distribuído em Institutos Federais do estado.
Em 2023, alcançou projeção nacional com “Café Majestic”, lançado pelo selo Alfaguara, da Companhia das Letras, tornando-se a primeira autora cuiabana residente na cidade a integrar o maior grupo editorial do Brasil.
