Artigo Não conheço outro exemplo de tamanha desconexão como a do Brasil hoje

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Não conheço outro exemplo de tamanha desconexão como a que vive o Brasil de hoje. De um lado a percepção mundial sobre o Brasil é muito boa. Muito melhor do que a de sempre ao longo da história dos últimos 50 anos. Porém, internamente, a sensação é de terra arrasada.

Nos dois cenários há que se levar em conta o momento especialíssimo que o mundo inteiro vive depois do choque e dos desdobramentos da pandemia da Covid 19.

De outro, as inovações inevitáveis que estão nos alcançando em grande velocidade e sem a mínima chance de que o passado volte a funcionar como antes. No Brasil está em andamento um esforço muito grande dentro das corporações do Estado e na mídia pra se agarrar ao passado que vai definhando dia após dia.

Algumas áreas do Estado agarram-se particularmente ao passado, com fortíssimas convicções: o poder judiciário, o poder legislativo e a burocracia federal.

Não conheço outro exemplo de tamanha desconexão como a que vive o Brasil de hoje
Embora o serviço público seja retrógrado na sua essência, não se pode generalizar que todo ele esteja atravancando as mudanças.

Mas os poderes político e judiciário, esses, estão! Da burocracia federal setores importantes agarram-se ao passado. Ainda são apaixonados pelos carimbos e o excitante som das suas pancada sobre folhas e papel amareladas e inúteis.

Mas é muito pior do que isso. Em 2022 haverá eleições gerais no país. Serão eleitos o presidente da República. Um senador para cada estado. Os deputados federais e os estaduais. Aqui a contradição de que trata o título deste artigo fica muito clara.

O clima que se vê nas ruas não é o mesmo que se vê nas ilhas antiquadas. As pessoas conduzem as suas vidas dentro de um quadro tradicional de dificuldades. No máximo com mais aperto. Mas nunca o clima de terra arrasada. Já os meios políticos tem enormes dificuldades para manter uma comunicação sadia com essa população. Criam o clima de terror.

Para se justificarem como necessárias, as forças políticas e judiciárias criam via mídia que também se inclui na categoria do caos, o ambiente de terra arrasada. Mais ou menos assim: sem mim vocês não tem chance. Nada mais equivocado. Estas eleições de 2022 são a última chance do modelo político brasileiro atual sobreviver.

A sociedade brasileira convive com essa política velha e amoral por absoluta falta de algo pra substituir. Mas nesse período de 2023 a 2026, o mundo político precisará se modernizar dentro da linha das profundas transformações mundiais. Especialmente as tecnológicas e éticas com todos os seus desdobramentos na vida de todos nós.

Ontem li um artigo avaliando as 16 principais transformações que o mundo está experimentando desde 2020. No ambiente novo do mundo, nada será mais velho do que a política, o Estado retrógrado, a justiça alienada julgando sobre papéis velhos e a mídia com visão partidária unificada.

Manter-se vivente de 2022 em diante será mais do que apenas existir[51] [52] . Existir pra fazer sentido.

Onofre Ribeiro é o the best jornalista em Mato Grosso.

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