Apesar da maioria não ter conhecimento algum de como manusear uma máquina de costura, diversas peças de biquínis, calcinhas, sutiãs e cuecas foram produzidas. Muitos talentos foram descobertos, histórias superação de desafios, do medo de não conseguir chegar até o final por não conseguir acompanhar o ritmo da turma.
Dona Juraci Ferraz, 68 anos, participou do curso pela segunda vez. Segundo ela, resolveu repetir o mesmo curso, pois da primeira vez não conseguia acompanhar as demais alunas, por ter um ritmo um pouco lento. “Pensei em desistir muitas vezes, mas graças a professora que sempre me incentivou a continuar, encerro dessa vez com a sensação de dever cumprido e do medo superado. E ainda vou mais além, aprendi que todos nós somos capazes, basta querer, prosseguir e muita força de vontade”, contou.
E para se ter ideia do quanto o curso alcançou resultados exitosos, teve aluna que já pensou lá na frente, já idealizou o nome da própria marca. “O curso foi tão bom, aprendi tantas coisas que antes desconhecia que vou montar minha própria marca. Tenho certeza que estou preparada para o mercado. Esse curso foi maravilhoso, foi onde me identifiquei profissionalmente. Só não ganha dinheiro quem não quer. Estamos com a faca e o queijo na mão”, disse a aluna Elaine Cristão, 38 anos.
Com vasta experiência no ramo de modelagem e confecção de lingerie e moda praia, a professora do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Maria José dos Santos, disse que a grande maioria começa o curso sem conhecer nada de costura. Por isso, explica a professora, que o primeiro passo é o aprendizado da modelagem. Se já for cortar direto o tecido sem antes fazer a modelagem do que será produzido, dentro de uma tabela de medidas, a pessoa não vai entender o real significado do que é a arte da confecção. “Com isso, o resultado é esse que vocês puderam ver, elas sentam na máquina e confeccionam qualquer tipo de peça”, salientou a professora.
Como encerramento das atividades teve até desfile de apresentação das confecções. Foram 40 dias de aulas práticas, totalizando 160 horas, com aulas de segunda a sexta-feira.
“Cada turma qualificada é muito gratificante, pois antes mesmo do encerramento das atividades, muitas delas já estão produzindo, comprando máquinas de costura e ganhando seu próprio dinheiro. Estão todas de parabéns. Se continuarem assim o sucesso profissional está garantido”, concluiu a professora.
2ª ETAPA
As aulas da 2ª etapa do Programa Qualifica Cuiabá 300 já começaram, onde foram selecionadas unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) para a realização dos cursos de formação de Recepcionista, Aplicador de Revestimento Cerâmico, Mestre de Obras, Pintor de obras, Instalador, operador e montador de computadores, Confeiteiro, Padeiro, Salgadeiro, Auxiliar Administrativo de informática e Assistente de RH.
Essa é a 2ª edição do Programa Qualifica 300, idealizado pela primeira-dama Márcia Pinheiro e coordenado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Desenvolvimento Humano (Smasdh), sendo realizado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Os cursos oferecidos foram divididos em três etapas, sendo que a primeira encerrou as atividades no dia 13 de setembro.
As unidades contempladas foram os Cras dos bairros CPA, Osmar Cabral, Dom Aquino, Tijucal, Praieiro, Nova Esperança, Pedra 90, Pedregal, Planalto e no Centro de Referência de Assistência Especializada (Creas) Norte. As atividades serão ministradas nos três turnos (manhã, tarde e noite), com uma média de 20 a 30 participantes em cada turma. Nessa 2ª etapa, serão capacitadas 1.080 pessoas com término das atividades previstas para o dia 18 de novembro.